Volta a ganhar corpo a discussão em torno do potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), no atual exercício. O presidente Lula é o mais eufórico dos defensores da meta de crescimento de 5%, portanto, meio ponto percentual acima do prognóstico estabelecido pelo próprio governo.

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O presidente lastreou seu otimismo no desempenho recente da economia, que cresceu 4,3% no primeiro trimestre, apostando todas as fichas num desempenho que continuará crescente até o final do ano.

As informações passadas ao presidente Lula foram de tal forma convincentes, que a seu juízo, o PIB tem condições de surpreender fechando a temporada de 2007 com um crescimento superior a 5%, marcando a retomada do processo sustentável da expansão econômica, com o rompimento definitivo da estagnação dos últimos trinta anos.

Para reforçar o júbilo oficialista, foi distribuído o estudo do economista Nelson Barbosa, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, mostrando que a economia pode crescer 4,5% esse ano e 5% nos anos seguintes, sem fomentar a recidiva da espiral inflacionária.

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O estudo de Barbosa está na contramão das conclusões do economista José Ronaldo de Castro Souza, pesquisador do Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada (Ipea), entidade ora sob comando do ministro Mangabeira Unger, para quem a economia vai chegar a 31 de dezembro crescendo apenas 3,8% sem acelerar a inflação.

Como se percebe, trata-se de discussão restrita aos círculos acadêmicos e tecnocratas do governo, mas com a transparente opção presidencial pelo lado que contará com sua entusiástica torcida.

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