Torcida do Corinthians protesta contra parceria e Dualib

São Paulo, 05 (AE) – Por volta das 19h30, a Gaviões da Fiel, Torcida Organizada do Corinthians, já marcava presença no Parque São Jorge. Cantando vários coros contra a parceria entre o clube e a MSI (Media Sports Investments), cerca de 50 torcedores faziam muito barulho em frente à sede social. Não perderam a oportunidade de, mais uma vez, protestar com uma coisa que lhes desagrada no Corinthians.

“Não é mole não, o Dualib está vendendo o Coringão”, gritavam os corintianos. A indignação era com a possibilidade de o clube fechar um contrato de dez anos de parceria com o grupo chefiado pelo russo Boris Berezovski, acusado de pertencer à máfia chechena e de ter envolvimento com Osama Bin Laden, líder da Jidah Islâmica.

“Não à privatização!”, pedia uma das faixas estendidas nas grades do estacionamento do Parque São Jorge.

Ao som de bumbos e tambores, os integrantes da Organizada do Corinthians xingavam quem podiam. Alberto Dualib, presidente do clube, não escapou das ofensas dos fanáticos corintianos. “Ladrão, ladrão!”, bradavam.

Bin Laden, como não poderia deixar de ser, também foi lembrado pela Gaviões.

Uma máscara do líder islâmico foi colocada em um manequim, que vestia uma camiseta branca com as siglas da empresa MSI. Os coros contra as duas partes – diretoria e eventuais parceiros – eram ditos a todo o momento. Ora contra o presidente, ora contra o iraniano Kia Joorabchian, que teria envolvimento com Boris Berezovski.

“Kia picareta”, mostrava uma outra faixa aberta pelos integrantes da Gaviões da Fiel. “É parceria de ladrão com ladrão”, falava outra.

Enquanto os jornalistas aguardavam mais alguma novidade no caso, um helicóptero surpreendeu a todos. Sobrevoando o Parque São Jorge, lançou milhares de folhetos, assinados por ‘torcedores indignados’, sugerindo, em forma de 30 perguntas, algumas irregularidades e trapalhadas da administração Dualib, como estavam intituladas as folhas. No jogo contra o Juventude no início de outubro, os torcedores tentaram lançar sobre o Pacaembu esses folhetos. No entanto, um seqüestro nas imediações impediu que o helicóptero sobrevoasse o local.

No lado de dentro do clube, muitos conselheiros manifestavam as suas opiniões, algumas contra o acordo, outras a favor. A confusão era grande. A procura por informações, várias delas desencontradas, também.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo