A torcida da Internazionale de Milão sonha com a volta de Ronaldo, mas o presidente do clube, Giacinto Facchetti, não quer saber do Fenômeno. As manifestações, pró e contra o brasileiro, ocorreram nesta segunda-feira. Enquanto boa parte da torcida defende o atacante, o dirigente afirma que não se interessa por jogadores que um dia quiseram deixar o clube.
O apoio a Ronaldo foi manifestado nesta segunda-feira por um grupo de torcedores por meio de uma faixa levada ao centro de treinamentos da Inter, em Appiano Gentile. Com cerca de 10 metros, a faixa trazia a seguinte mensagem: "Não há necessidade de perdão, as alegrias que tivemos bastam. Temos o Imperador, mas Ronie+Adriano = dois fenômenos".
Ronaldo decidiu sair da Inter em 2002, por não se entender com o técnico Héctor Cúper. Ele se considerava boicotado pelo argentino, que por diversas vezes declarou não gostar de trabalhar com brasileiros. Na época, a maioria dos torcedores do clube ficaram irritados com o jogador, a quem consideraram um "traidor".
Mas a bronca e a mágoa parecem estar sendo esquecidas, ainda mais agora que tudo indica que o atacante vai mesmo deixar o Real Madrid. No entanto, o presidente da Inter não parece disposto a perdoar alguém que um dia preferiu deixar o clube para trás.
Giacinto Fachetti, um ex-zagueiro que durante muito tempo jogou pela seleção italiana (marcou Pelé na final da Copa de 70), diz que não há espaço para Ronaldo no time de Milão. "Neste momento, só quero falar de jogadores que já estão na Inter e esperar que todos estejam na melhor forma. Não pretendo falar daqueles que não estão no clube ou que quiseram deixá-lo", respondeu o presidente a uma emissora de rádio italiana ao ser perguntado sobre as possibilidades do clube contratar Ronaldo e o alemão Michael Ballack.
Quem também gostaria de ter Ronaldo é o Flamengo. "Ronaldo não está feliz e um jogador como ele não pode ficar desta maneira. Já está realizado financeiramente e tudo é possível. O Flamengo está disposto a fazer de tudo para tê-lo", sonha Kléber Leite, vice-presidente do clube carioca, que tem uma dívida estimada em R$ 200 milhões.
