Torcedores que invadiram lanchonete foram detidos na Zona Sul de SP

São Paulo (AE) – O clássico entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi, na última segunda-feira, manteve-se pacífico, nos arredores do estádio, mas 54 integrantes da torcida Independente do ABC não deixaram a noite passar em branco. Por volta das 23h50, os torcedores que voltavam do Morumbi passaram pela unidade Habib´s Cupecê, na Avenida Cupecê, no Jardim Miriam (Zona Sul), e logo que avistaram três corintianos, que jantavam na unidade, invadiram a lanchonete ameaçando os adversários.

A loja, que patrocina o São Paulo, ainda não contou o prejuízo. Mas, de acordo com o gerente, Aécio Álvares, de 30 anos, cadeiras foram arrebentadas, uma geladeira teve a tampa arrancada e um monte de pratos foram quebrados. Isso fora os 50 clientes que fugiram sem pagar a conta quando os são paulinos surgiram entoando gritos de guerra.

A invasão, segundo Álvares, aconteceu pouco antes da meia-noite, por volta das 23h50. Três corintianos, vestidos com a camisa do time, jantavam com duas meninas quando passou um ônibus fretado pela torcida são-paulina. A condução levava os tricolores para São Bernardo do Campo, mas alguns torcedores perceberam os corintianos no restaurante e fizeram o motorista parar.

Ao entrarem no Habib’s, os torcedores, ainda de acordo com o gerente, partiram para cima dos corintianos. Mas os três pularam o balcão e foram se esconder na cozinha. Enquanto Álvares tentava acalmar os são-paulinos, um dos corintianos – já na cozinha – mostrou uma arma para outro funcionário do restaurante. O funcionário tratou de convencê-lo a não atirar. Argumentou que seria pior disparar contra mais de 50 homens enlouquecidos. O corintiano guardou a arma e permaneceu na cozinha.

O bando são-paulino acabou também convencido pelo gerente e saiu. As portas do Habib’s, que funciona 24 horas, foram fechadas momentaneamente.

Ao voltarem para o ônibus, os tricolores, porém, não andaram quase nada. Avisados por clientes que deixaram o restaurante apavorados, policiais do 22.º Batalhão cercaram a avenida e ampliaram o número de viaturas numa barreira feita quase na divisa com Diadema justamente por causa do jogo.

O ônibus foi parado e levado para o 98.º DP. Os torcedores, todos sem camisa, tiveram de sentar no pátio em fila – como se fossem internos da Febem em dia de revista. Aos poucos, foram sendo levados para uma sala, onde funcionários do Habib’s faziam o reconhecimento. Até a manhã desta terça, o processo prosseguia. O delegado Basílio César de Sá Cassar iria indiciar os reconhecidos por dano. Depois de assinarem a acusação, os torcedores foram liberados. Um deles chegou ainda a conversar com o gerente Álvares. Disse que poderia fazer uma vaquinha para pagar o prejuízo ao patrocinador de seu clube.

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