TJ nega hábeas a viúva de ganhador da Mega Sena

Em decisão unânime, a 8.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) negou nesta quarta-feira (14) o pedido de habeas-corpus para Adriana Ferreira de Almeida, a viúva do ganhador da Mega-Sena Renné Sena assassinado em janeiro. Adriana é suspeita pelo crime e os desembargadores decidiram mantê-la presa por entender que existem fortes indícios de participação dela no homicídio.

A relatora do recurso, desembargadora Maria Raimunda Teixeira de Azevedo, concluiu que a prisão, decretada pela juíza Renata Gil de Alcântara Videira, da 2.ª Vara de Rio Bonito, está fundamentada adequadamente e que não há constrangimento ilegal, ao contrário do que alegou o advogado de Adriana. A decisão levou em consideração conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial, a necessidade de preservar provas e de garantir o prosseguimento do trabalho de investigação policial.

O advogado de Adriana, Alexandre Dumans, negou que ela pretendesse fugir do País. Ele disse que a viúva não tinha passaporte e que se registrou em um hotel, usando o próprio nome para evitar o assédio da imprensa e de curiosos. Adriana foi presa em 30 de janeiro em um hotel de Rio Bonito.

A contratação de Dumans está sendo considerado pela polícia como mais um indício da suposta culpa de Adriana. Ela entrou em contato com o advogado horas depois da morte de Reneé Sena, em 7 de janeiro, um domingo. No mesmo dia, Dumans foi até Rio Bonito e orientou a viúva na liberação e no enterro do corpo. No dia seguinte, ele foi contratado pelo valor total de R$ 600 mil, a ser pago com uma entrada de R$ 298 mil e prestações de R$ 30 mil. A polícia apreendeu o canhoto do talão de cheques de Adriana e as informações fazem parte do inquérito.

Para o delegado Roberto Cardoso, da Delegacia de Homicídios, o fato de a viúva ter contratado tão rapidamente um advogado criminalista, quando ainda não era acusada pela morte do marido, reforçaria as suspeitas contra elas. Já o advogado argumenta que essa atitude é comum, pois os parentes de vítimas de homicídio buscam a orientação e o apoio de um profissional.

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