Rio de Janeiro – O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador José Carlos Murta Ribeiro, determinou nesta terça-feira (8) a abertura de processo administrativo disciplinar contra a juíza Sônia Maria Leite Machado, da 4a Vara de Família de São Gonçalo.
Sônia Maria aparece no relatório da Polícia Federal (PF), segundo veiculado ontem (7) pelo jornal O Globo, em conversa gravada com o policial civil Marcos Bretas, o Marcão, acusado de intermediar propinas entre a Associação dos Bingos do Rio de Janeiro e servidores públicos, incluindo policiais, delegados e juízes.
Em nota distribuída ontem pelo TJ, ela negou as acusações, mas confirmou conhecer Marcão.
Na nota oficial divulgada nesta terça-feira, o TJ informa que o próprio presidente do tribunal convocou a juíza a prestar declarações em seu gabinete nesta terça-feira. Na oportunidade, ela afirmou que não tem qualquer vinculação com a Operação Furacão e disse que apresentará provas de sua inocência.
O processo administrativo será examinado pelo Órgão Especial do TJ, composto por 25 desembargadores. Enquanto ela estiver sendo investigada, poderá continuar desempenhando suas funções. Depois de examinar os argumentos de Sônia Maria e se ficar constatado que ela praticou um crime grave, o Órgão Especial pode determinar que ela perca o cargo de juíza.