O Tribunal de Justiça (TJ) do Amazonas anunciou hoje, em nota, que foram exonerados 30 funcionários não-concursados, parentes de desembargadores e juízes do Estado. O comunicado afirma ainda que 35 funcionários com cargos comissionados, também familiares de juízes e desembargadores, foram beneficiados por liminares em mandados de segurança expedidos pelo TJ.
Segundo o texto, ainda hoje foram enviadas ao presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, a lista dos servidores destituídos e dos que entraram com mandados de segurança. As relações não foram divulgadas.
As exonerações foram feitas para cumprir a Resolução 7 do CNJ sobre a prática do nepotismo. Os 35 que entraram com o mandado permanecem nas funções até a decisão do STF, o que deverá ocorrer ainda esta semana.
O Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Amazonas (Sintejam) tem um levantamento que mostra um número maior de parentes no tribunal amazonense: o rol tem pelo menos 80 nomes de filhos, sobrinhos, noras, genros, mulheres e primos de juízes e desembargadores.
