Tião Viana e Demóstenes Torres são indicados para comandar CPI no Senado

Brasília – Os senadores Tião Viana (PT-AC) e Demóstenes Torres (DEM-GO) foram indicados, respectivamente, para os cargos de presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, confirmou nesta quarta-feira (16) a líder do bloco de apoio ao governo (PT-PCdoB-PSB-PR) no Senado, Ideli Salvati (PT-SC).

Segundo Ideli, não há possibilidade de este acordo entre governo e oposição ser rompido para excluir um representante da oposição da direção dos trabalhos da CPI. "Nós temos nos pautado, aqui no Senado, por construir acordos até porque a gente entende que é melhor um bom acordo do que meia briga", afirmou a senadora.

Os membros da comissão, definidos ontem, vão se reunir amanhã para escolher o presidente e o relator. Ideli Salvati, como os demais líderes da base, querem evitar que um eventual recuo no acerto feito com a oposição prejudique a tramitação das matérias de interesse do governo que estão paradas no Senado.

Ontem, cinco das 14 medidas provisórias que ainda obstruem a pauta de votação foram apreciadas e aprovadas por conta de um acordo fechado com as lideranças partidárias. Foi acertada para esta quarta-feira a votação de outras três MPs. Várias delas dizem respeito ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A líder do PT acrescentou que o acordo revela a busca de governo e oposição para que os trabalhos no Senado, tanto das CPIs (crise aérea e ONGs) quanto em plenário, não sejam prejudicados. "Isso tudo compõe a busca para encontrar o melhor caminho para que as coisas possam fluir", afirmou.

Demóstenes Torres, por sua vez, ressaltou que a decisão dos líderes é de manter o foco naquilo que originou a CPI. Ou seja: a crise no setor aéreo, o acidente com o Boeing da Gol no ano passado e as denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

"Na reunião, os governistas disseram que o senador Tião Viana, para presidir [a CPI], exigiu que essas condições fossem mantidas. E eu disse que o meu objetivo também é este", afirmou Torres, ao deixar o gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), onde ocorreu a reunião dos líderes.

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