O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a quem está subordinada a Polícia Federal, afirmou nesta quarta-feira que espera que a greve da instituição acabe “o mais rápido possível”.
“O canal de negociações não foi fechado e se conversa ainda. Esperamos que a greve continue pacífica e que chegue a um bom termo o mais rápido possível. A Polícia Federal presta um relevante serviço à população e vamos tentar dentro das contradições normais da democracia chegar a uma solução”, afirmou o ministro.
Desde terça-feira, a PF mantém apenas os serviços essenciais, como a emissão de passaportes para casos excepcionais, plantões, segurança de autoridades e vigilância de carceragens. De acordo com os organizadores do movimento, cerca de 80% dos policiais, peritos e papiloscopistas estão parados.
Salário
Os policiais reivindicam reajuste de 85%. A Federação Nacional dos Policiais Federais quer o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, peritos e escrivães teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União. (FolhaNews)
