Quarenta pessoas trabalhavam na retirada do microônibus da Transcooper na noite de ontem (17). À 0h15, a equipe de busca persistia e a previsão era que, até a manhã de hoje, a van fosse içada. Segundo os bombeiros, às 22 horas conseguiram puxá-la três metros. Parte das dificuldades se dava porque a van ficou presa no teto do túnel, na junção entre as aberturas maior e menor do túnel em direção à Avenida Faria Lima.
Os bombeiros disseram que a van ficou comprimida na parte traseira por grande massa de terra e de rochas. O trabalho de escavação era manual. Uma parte da traseira havia sido retirada ainda para facilitar o acesso ao corpo de Valéria Alves Marmit, anteontem.
Pela manhã, 19 homens trabalhavam para aliviar a pressão da terra nas laterais do veículo e abrir espaço para puxá-lo. Às 16h30 fizeram a primeira tentativa de remoção, com um cabo de aço amarrado a uma retroescavadeira. A retroescavadeira patinou porque havia muita lama, e a operação foi interrompida para limpeza da área.
Das 20 horas em diante, três retroescavadeiras, dez operários, 18 bombeiros e uma equipe de engenheiros, num total de 40 pessoas, assumiram os trabalhos de retirada da van. Dentro dela, segundo o capitão Mauro Lopes, eles esperavam encontrar outras três vítimas. Mas, até a noite de ontem, os bombeiros não tinham conseguido ver nenhuma outra vítima.
O plano era soltar os cães farejadores nos escombros. Se ninguém for achado e se a polícia não determinar que outras vítimas sejam procuradas (o office-boy Cícero Augustinho Silva não está na conta oficial de vítimas), o resgate deve acabar. Sobrinho do office-boy, Eliosípio Augustinho, de 43 anos, acredita que o tio foi engolido pela cratera. ?Minha tia recebeu uma ligação dele antes de embarcar no microônibus.
Grua
A grua de 50 toneladas é monitorada 24 horas por dia. O equipamento está preso por três cabos de aço com 80 toneladas em cada ponta. Os bombeiros acham que a eventual retirada da grua pode acabar desestabilizando o terreno, o que poderia causar novos deslizamentos.
