Brasília – No Brasil, mais de 2,5 milhões de recém-nascidos fazem o teste do pezinho por ano. O número representa quase 84% dos nascidos vivos. Para ampliar os testes e avaliar o que tem sido feito desde a implementação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), em 2001, o Ministério da Saúde realiza até amanhã (29) o IV Congresso Brasileiro de Triagem Neonatal.
Conhecida como o teste do pezinho, a triagem identifica doenças congênitas e infecciosas, permitindo o tratamento e diminuindo as seqüelas de doenças como a fenilcetonúria, hipotiroidismo congênito, anemia falciforme, hemoglobinopatias e fibrose cística. Essas doenças podem levar à deficiência mental e até à morte.
De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal, Tânia Mariani de Carvalho, o PNTN atende hoje 84% dos bebês nascidos no Brasil e pode chegar a diagnosticar 100% dessas crianças.
?O número de bebês atendidos pelo programa dobrou desde 2001. Mesmo os bebês que nascem na rede privada têm o direito de fazer o teste do pezinho pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?, informou.
Para ela, garantir que todo recém-nascido faça o teste é uma questão de organização da rede de atendimento. ?É importante que em todo município exista um posto de coleta que inclua a criança no programa?, defendeu.
O assessor técnico do Departamento de Atenção Especializada do Ministério do Saúde, Joselito Pedrosa, explicou que o programa não atende os bebês apenas na hora do nascimento.
?A triagem é feita em unidades básicas de saúde, em até sete dias após o nascimento. Em seguida, o material é colhido e enviado a um laboratório de referência que realiza os testes. A partir da detecção positiva de uma patologia, todo o acompanhamento e tratamento desse indivíduo é feito, dependendo da doença, durante toda a vida dele?, disse.