Brasília – O governo federal fará um esforço adicional de R$ 4 bilhões, o correspondente a 0,2 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), na sua participação na meta de superávit primário deste ano, de 4,25% do PIB. Superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da sua dívida.
De acordo com o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, a medida é preventiva, para o caso de estados e municípios não cumprirem a sua parte na meta. Godoy disse que é comum os gastos se elevarem em anos eleitorais.
"A sazonalidade dos gastos públicos verificados nos últimos anos nos indica que existe uma possibilidade de que os governo regionais venham a fazer um resultado fiscal inferior ao estimado na Lei de Diretrizes Orçamentárias", afirmou.
A meta do governo federal ? que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social, Banco Central e estatais federais ? elevou-se de 3,15% do PIB para 3,35%, enquanto a participação dos estados e municípios é de 1,1% do PIB.
Outra medida adotada para garantir a meta é o cumprimento, já em abril, de 40% do que está previsto para o ano inteiro, embora a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal seja de que no primeiro quadrimestre a meta atinja um terço do total.
A previsão é de que o superávit primário do governo federal chegue a R$ 28,7 bilhões até o fim desse mês e a R$ 70,5 bilhões até dezembro. Até março, o resultado foi de R$ 14,606 bilhões.
