Tesoureiro confirma à PF esquema de caixa 2 em Minas Gerais

Belo Horizonte (AE) – Em seu depoimento na superintendência da Policia Federal hoje (8), em Belo Horizonte, o médico Cantídio Cotta Figueiredo (PTB) confirmou o uso de caixa 2 na campanha do ex-prefeito de Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço, Paulo Almir Antunes (PFL). O ex-tesoureiro da campanha do candidato derrotado revelou que o dinheiro sacado na conta da SMP&B Comunicação, no Banco Rural, não foi declarado como despesa de campanha. Além do tesoureiro, à PF ouviu o depoimento do gerente-administrativo da agência DNA Propaganda, Paulino Alves Ribeiro.

Figueiredo confirmou que fez dois saques na conta de Valério, um de R$ 68.541,84, e outro de R$ 17.135, sob orientação do coordenador jurídico da campanha de Antunes, José Célio Ribeiro. Porém, apesar de ter confirmado o uso do caixa 2 na campanha, o ex-tesoureiro afirmou, em seu depoimento à PF, que não teve qualquer contato com Valério, apontado como principal operador do esquema de ‘mensalão’. Figueiredo é irmão do vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Cotta.

Já o gerente gerente-administrativo da DNA, Paulino Alves Ribeiro, repetiu a versão dada à PF pelo presidente da agência de propaganda, Francisco Marcos Castilho Santos. Ribeiro confirmou que realizou os três saques nas contas da SMP&B, sob orientação de Valério. Porém, segundo ele, o dinheiro foi usado na antecipação de lucros e resultados para a empresa Graffitte Participações, de propriedade de Valério. Os saques foram realizados no dia 19 de setembro de 2003, 26 de março e 4 de junho de 2004. O montante foi de R$ 800 milhões.

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