Não houve adversário para Hugo Chávez na eleição de domingo, como se previa, e ele foi reeleito por larga margem para a presidência da Venezuela, a cavaleiro de extraordinário movimento de massa que ele mesmo denominou de Revolução Bolivariana, ao reviver no imaginário da população mais pobre os ideais do grande Simon Bolívar, libertador da América espanhola.
O processo eleitoral transcorreu em ordem, salvo os excessos comuns a essas ocasiões, ainda mais num ambiente tensionado pelo claro divisionismo reinante entre as classes médias e abastadas e os pobres, que são maioria.
Apesar do esforço do candidato da frente oposicionista Manuel Rosales, governador do Estado de Zulia, desde o início da campanha o presidente Hugo Chávez sempre contou com o apoio maciço dos eleitores.
Com a extraordinária riqueza gerada pelo petróleo, pela primeira vez na história da Venezuela, um governante usou parte da renda na implantação de programas assistenciais, incluindo a distribuição de alimentos, melhoria do atendimento médico e acesso à educação para milhões de pessoas, entre outros avanços sociais.
O primeiro país que Chávez visitará já reeleito será o nosso. O líder bolivariano desembarca amanhã em Brasília para uma tertúlia com o amigo Lula.