Terremoto cria oportunidade de paz entre Paquistão e Índia

O devastador terremoto abriu um nova oportunidade para que a Índia e o Paquistão, países que foram a guerra três vezes desde a criação de ambos, em 1947, superem a hostilidade. Segundo diferentes relatos, o tremor deixou entre 20 mil e 30 mil mortos na região da Caxemira, disputada pelos dois países.

Poucas horas depois do abalo, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, telefonou para o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, para oferecer ajuda. Os chanceleres dos dois países também trocaram telefonemas.

Índia e Paquistão iniciaram em janeiro de 2004 um processo de paz, mas, apesar de o clima entre os dois países ter melhorado, a questão da Caxemira praticamente não avançou. Desde fins da década de 80, 40 mil pessoas morreram em múltiplos incidentes de violência na região.

"Este terremoto não reconheceu linhas de cessar-fogo criadas pelos homens e trouxe destruição para ambos os lados", dizia uma nota da Conferência Hurriyat – um grupo muçulmano moderado da Caxemira indiana. "O governo da Índia deveria restaurar as comunicações telefônicas entre os dois lados da Caxemira por razões humanitárias."

As ligações telefônicas foram interrompidas pela Índia para dificultar a comunicação entre grupos rebeldes.

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