Advogados indicados pela corte apresentaram hoje os argumentos finais em defesa dos dois últimos réus no julgamento de Saddam Hussein, e o presidente do júri anunciou que o tribunal entrará em recesso até meados de outubro, quando o presidente iraquiano deposto e dois de seus antigos assessores poderão ser condenados à morte
Saddam não estava no tribunal hoje. Os argumentos finais em sua defesa foram apresentados ontem por um advogado indicado pelo tribunal especial que o julga por atrocidades atribuídas a seu regime. A equipe de defesa de Saddam boicota o julgamento desde o mês passado em protesto contra a morte do advogado Khamis al-Obeidi. Ele foi o terceiro advogado de defesa de Saddam assassinado desde o início do julgamento, em outubro do ano passado
Saddam e mais sete réus são julgados por suspeita de responsabilidade da morte de 148 muçulmanos xiitas em Dujail, cidade onde o ex-ditador iraquiano sofreu um atentado em 1982. A promotoria pediu a pena de morte para Saddam e mais dois réus
Os dois últimos réus levados diante da corte foram o ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan e Awad al-Bandar, o juiz que sentenciou os 148 xiitas à morte alguns meses depois. Depois do fim das argumentações, o juiz Raouf Abdel-Rahman declarou recesso para que o painel de cinco magistrados tome sua decisão. O julgamento será retomado em 16 de outubro, anunciou ele