A tentativa da oposição de levar a questão do pagamento do "mensalão" para a CPI
dos Correios está atrasando, até agora, o início dos depoimentos marcados para
hoje pela comissão, dos responsáveis pela gravação da fita em que aparece o ex-
funcionário dos Correios Maurício Marinho embolsando uma propina de R$ 3 mil.
São eles Joel Santos Filho, Jairo Martins e Arlindo Molina, também conhecido
como comandante Molina.
Há pouco, a Aeronáutica distribuiu nota no
Congresso, assinada pelo assessor-chefe parlamentar do Comando da Marinha,
capitão-de-mar-e-guerra Fernando Barbosa de Oliveira, afirmando que Molina
"jamais pertenceu à Marinha".
Na CPI, prossegue a discussão interna sobre
os rumos a serem seguidos pela comissão. Enquanto o governo quer cumprir o
roteiro originalmente traçado, ouvindo os depoentes ligados à gravação da fita e
pessoas citadas como tendo envolvimento com o esquema de cobrança de propinas na
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a oposição insiste em incluir
a questão do "mensalão" nas investigações, com a convocação, entre outros, do
publicitário mineiro Marcos Valério, citado pelo presidente licencia do do PTB,
deputado Roberto Jefferson (RJ), como "o homem da mala", que levava dinheiro
para pagamentos do "mensalão".
