O mercado brasileiro de trabalho reagiu em setembro, com a criação de 244 mil postos de trabalho em relação a agosto, segundo sublinhou o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Segundo ele, como os trabalhos temporários gerados pelas eleições podem ter influência nesse resultado, é preciso esperar os resultados de outubro e novembro para confirmar a tendência de recuperação mais forte do mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do País.

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Azeredo lembrou que o número de pessoas ocupadas tende a crescer no segundo semestre do ano, com a contratação de trabalhadores na indústria e, mais no final do período, no comércio. "O principal efeito nessa taxa (de desemprego, de 10% em setembro, inferior aos 10,6% de agosto) é o processo sazonal de final de ano", disse.

Em setembro, o número de empregados na indústria cresceu 1,9% ante agosto, com mais 66 mil vagas. Outros acréscimos importantes ocorreram em outros serviços (que incluem trabalhos em agremiações e partidos políticos, com aumento de 1,6%, ou 56 mil vagas) e serviços prestados às empresas, com aumento de 118 mil novas vagas, 4,1% maior que agosto.

Azeredo sublinhou também que, ao contrário do que vinha ocorrendo em meses anteriores, a demanda por uma vaga no mercado de trabalho foi atendida em setembro, comparativamente a agosto. O número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) caiu 5,3% no mês ante agosto, com decréscimo de 128 mil pessoas.

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