Depois do temporal que matou 2 pessoas e deixou 118 desalojados e 56 desabrigados, o prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Lindberg Farias, decretou estado de emergência e pediu ajuda do Exército para as vítimas. No Estado, o Corpo de Bombeiros informou que as chuvas deixaram 23 vítimas com ferimentos leves, 151 desalojados e 68 desabrigados.
O Exército autorizou a ida para Nova Iguaçu do Batalhão Escola de Engenharia, para construir pontes, refazer casas e desobstruir vias mais prejudicadas. Ontem à tarde, o tenente-coronel José Maurício da Rocha Silva percorreu com o prefeito as áreas mais atingidas, para avaliar o efetivo e as ações necessários. "O Exército pode ajudar na distribuição de cestas básicas e colchonetes e no atendimento à população", disse Lindberg.
As duas mortes ocorreram por afogamento, anteontem, no bairro da Posse, onde a Defesa Civil registrou o maior número de chamados. Anderson de Oliveira, de 20 anos, foi encontrado morto no Rio Palu, após ter caído de uma ponte. Já a menina Ana Carla Barbosa de Assis, de 3 anos, estava numa creche, que inundou de repente quando o rio subiu e rompeu o muro. "Foi igual a tsunami", comentou o marido da dona da creche, Orlando Pires, de 30 anos.
A avó da menina, Iraci Marque, de 47 anos, reclamou de descaso de donos e professores da creche e afirmou que só tem recebido auxílio da prefeitura. "Salvaram 50 e só a minha neta ficou para trás.
Minas
Em Sabará (MG), no bairro General Carneiro, Glaysson de Jesus Miranda, de 13 anos, morreu ontem depois de ser atingido pelo deslizamento de um muro. Segundo a família, ele ia para a escola e, por causa da chuva, usou um caminho alternativo. Foi a nona pessoa a morrer em Minas nesse último período chuvoso – a partir de 1º de outubro -, conforme balanço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).
No Estado, até ontem, 25 municípios decretaram situação de emergência. As regiões mais atingidas são os vales do Jequitinhonha, do Mucuri e norte de Minas. O número de desabrigados chega a 1.272.