Foto: Cristian Rizzi/Prefeitura de Foz |
Destruição: árvores derrubadas em Foz. continua após a publicidade |
O temporal que atingiu o Paraná no final da tarde da última segunda-feira trouxe uma série de prejuízos. Em Londrina, norte do Estado, houve queda de árvores e cerca de 70 casas foram danificadas, algumas ficaram destelhadas e outras embaixo da água. Sete pessoas passaram a noite em um abrigo municipal. Ontem, a Defesa Civil passou o dia vistoriando as residências e fazendo um levantamento dos prejuízos. Foram distribuídos cerca de dois mil metros quadrados de lona. Em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná, galhos e árvores caíram em cima de carros e rede elétrica.
Meia hora de temporal foi o suficiente para deixar várias casas embaixo da água e outras destelhadas na cidade de Londrina. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Carlos Eduardo Afonseca e Silva, cerca de 70 residências foram atingidas. Além disso, outras 20 famílias que moram em uma área de fundo de vale também sofreram com a enchente. O local foi invadido há muitos anos e a prefeitura se prepara para fazer a transferência dos moradores. Dos dezessete desabrigados, apenas sete quiseram passar a noite em um abrigo municipal. Os demais ficaram com medo de perder o que restou e preferiram passar a noite no local.
Ontem, técnicos da prefeitura passaram o dia vistoriando as casas e fazendo um levantamento da situação dos moradores. Segundo Carlos Eduardo, parte deles, além de ter a casa danificada, ainda perdeu os móveis e eletrodomésticos.
Foz
Em Foz do Iguaçu, os estragos foram causados pelo vento que chegou a atingir cerca de 110 quilômetros por hora. Deixou cerca de 50 casas destelhadas. Carros, muros e a rede elétrica foram danificados devido à queda de galhos e árvores. No entanto, não houve vítima grave.
O coordenador da Defesa Civil na cidade, Reginaldo da Silva, disse que depois da chuva os telefones ficaram congestionados devido ao grande número de pessoas pedindo ajuda. A maioria das solicitações vinha das regiões centrais, sul e norte de Foz. O trabalho de recuperação dos estragos começou ainda na segunda-feira à noite, terminado só ontem. Durante horas, alguns bairros ficaram sem energia para o corte das árvores.
Para quem estava na rua andando de carro na hora do temporal, o susto foi bem grande. Jackson Zanetti e Valdemil Félix Rodrigues estavam numa pick-up na Avenida República Argentina, quando foram surpreendidos pela queda de uma árvore no capô do veículo.
Apesar do susto e dos arranhões na cabeça, Rodrigues mantinha a tranqüilidade. "Está tudo bem. O carro também tem seguro", reclamou.
A mesma sorte não teve o operador de telefonia Aluisio Inácio da Silva. Ele desceu do carro e foi até um poste para verificar a linha, mas não conseguiu voltar a tempo para evitar a queda de uma árvore sobre seu carro, ainda sem seguro. "Agora vou correr atrás e ver no que dá", disse.
Em Cascavel também houve queda de árvores, mas não foi registrado nenhum incidente.