O deputado Michel Temer (SP) foi reeleito presidente do PMDB neste domingo (11) na Convenção Nacional do partido, com a presença de 457 dos 564convencionais (mais de 80% dos convencionais), totalizando 602 votos. Desses,só dois foram em branco e dois nulos. Temer se disse emocionado com o quorumque, segundo ele, foi o maior das últimas convenções, mesmo entre aquelas emque havia disputa.
Numa convenção em que não há disputa, normalmente há umcerto desinteresse. E nesta eleição pretendeu-se até que não houvesse quórum.Houve algum movimento nesse sentido, de modo que nesse particular foiemocionante o quórum significativo, observou Temer.
Para o presidente do PMDB, a presença de tantosconvencionais é a prova da expressão política que o partido ocupa na vida republicanado país. Mais de 82% presentes convenção nacional. Isso revela a vitalidade,a força, a dimensão extraordinária do nosso PMDB, afirmou.
Temer disse ainda que as divergências internas serão sanadascom o diálogo e que, amanhã (13) mesmo procurará o presidente do Senado, RenanCalheiros, e o ex-presidente da República e senador José Sarney para conversarsobre a necessidade de manter o partido unido. Renan Calheiros e Sarneydefendiam a candidatura de Jobim e não foram convenção.
O objetivo de fechar um acordo em torno da unidade é aapresentação de uma candidatura própria para presidente da República em 2010.Pode ser o próprio Temer ou o ex-presidente Sarney. Ou ainda qualquer denossos governadores, todos têm condições de assumir a bandeira do partido comocandidato a presidente do país, afirmou o ex-senador Maguito Vilela (GO).
As maiores ausências na convenção ficaram por conta deAlagoas, que enviou só um dos 14 convencionais, e do Pará, que teve quatroconvencionais presentes dos 35 que o estado tem. Dos sete governadores do PMDB,quatro compareceram convenção: Sérgio Cabral (RJ), André Puccinelli (MS),Paulo Hartung (ES) e Marcelo Miranda (TO). O governador de Santa Catarina, LuizHenrique, está no exterior. Roberto Requião, do Paraná, mandou um representante e Eduardo Braga, do Amazonas, estava com a viagem marcada, mas ficou doente, deacordo com a assessoria do PMDB.