Telefonia e energia influenciam fim da deflação

Rio

? O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros, revelou que o conjunto de preços administrados dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), destacando telefonia e energia, influenciou mais fortemente o resultado da primeira prévia do Índice Geral de Preços do Mercado(IGP-M), levando-o a uma variação de 0%, contra deflação de 0,17% em igual período de junho.

O IPC apresentou variação positiva de 0,10%, contra deflação no primeiro decêndio de julho de 0,37%, mostrando aceleração da inflação em todos os grupos de despesas, à exceção de Vestuário (de 1,45% para ?0,02%), que o economista da FGV considerou um fato já esperado, típico do período, em função das remarcações.

Em relação ao Índice de Preços por Atacado (IPA), que ficou praticamente estável em relação à primeira prévia de julho (de ?0,19% para ?0,17%), Salomão Quadros afirmou que embora ainda mostre variação negativa, a tendência natural é de que a deflação não tenha continuidade. Observou que na parte dos produtos agrícolas no IPA, houve aprofundamento da deflação observada no mês anterior (passando de ?0,07% para ?0,41%), por causa de produtos que já estavam com nível positivo mas recuaram,como os produtos animais. Os destaques são: bovinos, aves, ovos e leite. Já entre os produtos industriais no IPA, a deflação perdeu força ( de ?0,23% para ?0,07%).

Salomão Quadros avaliou que a tendencia é de cada vez mais ter menos deflação no IGP-M, caminhando para taxas positivas. Isso não significa, porém, que vá haver pressão inflacionária, ressaltou. (Alana Gandra)

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