Numa economia de informação, as organizações se utilizam das modernas tecnologias, principalmente as eletrônicas, para se comunicar, fazer marketing educacional e endomarketing, promover visão clara de sua missão e atribuições, facilitar a compreensão dos programas e projetos institucionais, obter apoio em suas estratégias organizacionais e mercadológicas. Na atual sociedade paulista, democrática, crítica, exigente e engajada, a tecnologia, a velocidade e a credibilidade são ferramentas e processos estratégicos para alcançar sintonia social.
Dentro e fora do mundo de negócios, adaptado às exigências dos novos tempos, as pessoas exigem, ao mesmo tempo, atenção personalizada e estabelecimento de interfaces entre diferentes segmentos e públicos específicos. Ao mesmo tempo, a pessoa é singular e plural, isto é, como cliente e consumidor efetivo ou em potencial, quer se sentir valorizada individual e coletivamente. São estes instrumentos que formam a mentalidade e a inteligência coletiva sobre o verdadeiro potencial das instituições, materializam a divulgação dos costumes, crenças e valores e consolidam a opinião pública.
Independente da natureza da atividade social, produtiva ou educacional, a comunicação adquire corpo e relevância na sociedade, não só para tornar as instituições mais visíveis e identificadas com seus públicos, mas também para garantir qualidade de vida às pessoas, às famílias e às organizações. A performance institucional e as dimensões da imagem e da identidade são criadas a partir das percepções, conceitos, vivências e maneiras de pensar. Modernamente, o mais importante é fazer a pessoa compreender como as coisas funcionam, conectando inteligência e emoção, razão e coração.
A imagem de muitas organizações educacionais e instituições religiosas é positiva, mas, de certa maneira, ambígua. A interface entre essas corporações e a sociedade é difusa e pouca disseminada. A natureza deste problema é de gerenciamento estratégico da informação e da comunicação. Descoordenada, passiva e racional, a comunicação não exerce poder de legitimação, nem promove engajamento de seus públicos.
Em grande parte das corporações, não há uma gerência de comunicação social integrada que motive e levante determinantes para a correção dessa realidade. Ações isoladas de marketing não envolvem as pessoas e tampouco asseguram a continuidade dos processos. Há esforços, mas são dispersos e insuficientes. Em geral, predominam a obsolescência de conceitos, práticas descontínuas de informação, comunicações lentas, heterogênas e de baixa repercussão pública. O resultado é comunicação tecnologicamente moderna, mas dependente, cujos resultados não favorecem e pouco atingem as populações-alvo. A par disso, as ações são insuficientes e com pouca freqüência social, regional e nacional. Ao mesmo tempo, há duplicidade de trabalhos e ausência de operações padronizadas no trato às informações.
A criação de um sistema integrado de comunicação, tendo como suporte as modernas tecnologias e os fundamentos da periodicidade, atualidade, confiabilidade, agilidade e ética, é alternativa para suprir essas carências, com capacidade de recuperar, rapidamente, conteúdos perdidos.
Frente à diversidade de produtos e serviços oferecidos no mercado, o momento exige adequação aos meios de comunicação social para potencializar as ações de qualquer natureza. Visibilidade dos diferenciais, transparência das propostas, metodologias didáticas e programa comum para divulgar ações integradas são instrumentos essenciais para dar solidez e densidade às organizações abertas, comunitárias e educacionais, inclusive para receber do meio social a resposta adequada pelo apoio e ressonância das iniciativas e atividades desenvolvidas.
Comunicação permanente na mídia impressa, eletrônica e itinerante é parte integrante da dinâmica das organizações que prestam serviços personalizados. Um bom programa estruturado de comunicação e marketing responde a carências de natureza múltipla, como foram de corresponder a serviços, responsabilidades e contabilidade social.
Pedro Antônio Bernardi é jornalista e economista formado pela UFPR, gestor de instituições de treinamento vocacional e técnico pelo Centro Internacional de Aperfeiçoamento Profissional de Turin, Itália, e professor da PUC-PR.