Técnicos do governo iniciam visitas para identificar APLs

Técnicos da Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral e pesquisadores do Ipardes iniciaram, na última semana, a segunda etapa do programa de apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APL), com visitas prévias aos locais onde estatisticamente foram identificadas e mapeadas aglomerações de empresas especializadas em atividades econômicas afins. O objetivo é verificar se essas aglomerações de fato podem ser caracterizadas como um APL, possibilitando ou não sua inclusão na agenda da Rede Paranaense de Apoio aos APLs, coordenada pela Secretaria do Planejamento.

Os técnicos e pesquisadores estão entrevistando atores locais pertencentes às instituições de apoio e empresas, de forma a contemplar toda a cadeia produtiva e a rede de apoio ao APL.

Para isso, duas equipes se dividiram entre as regiões de Ponta Grossa e Cascavel/Toledo. Em Ponta Grossa, os técnicos conheceram empresas dos setores de mobiliário de metal e do sistema de armazenagem e logística em metal que, ao todo, reúnem cerca de 40 empresas e empregam aproximadamente 1.300 pessoas.

O setor de metalurgia é tradicional na região, tendo iniciado a atividade por volta de 1975. Algumas empresas empregam tecnologia de ponta na fabricação de móveis de escritório, cofres e máquinas para beneficiamento de madeira, por exemplo.

Implementos

Na região de Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Cafelândia, as equipes da SEPL e do Ipardes fizeram 14 visitas que incluíram desde fabricantes de equipamentos e implementos agrícolas até seus fornecedores (fundições) e potenciais clientes, como cooperativas. Os técnicos também contactaram representantes locais de instituições como Senai e Fiep.

A microrregião de Cascavel tem perto de 400 mil habitantes e as vendas para o exterior e para outros estados da atividade de fabricação de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas representam 59% das vendas totais da atividade na microrregião.

Em Toledo, a microrregião conta com uma população de aproximadamente 344 mil habitantes e as vendas para o exterior e para outros estados dessa mesma atividade, respondem por 28% do total de vendas.

Rede APL

Os programas de apoio aos chamados Arranjos Produtivos Locais vêm se estruturando no Paraná há dois anos. Eles podem ser definidos como concentração de empresas de uma mesma atividade econômica em uma determinada região, e que apresentam características como cooperação, protagonismo local e outras.

O Governo do Paraná já vem apoiando alguns APLs mais evidentes, como o de bonés, em Apucarana; de móveis de madeira, em Arapongas; de confecções, em Cianorte; de confecções de moda bebê, em Terra Roxa; e de portas e janelas de madeira, em União da Vitória.

A Rede Paranaense de Apoio aos APLs é formada pelo Governo do Estado (por meio das secretarias de Planejamento e Coordenação Geral; da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul; da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior; do Tecpar; do Ipardes e da Agência de Fomento), pelo Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Senai, IEL e Sesi) e pelo Sebrae Paraná. Essas instituições assinaram um termo de cooperação geral, em dezembro do ano passado, durante o Congresso Paranaense da Indústria, pelo qual se comprometem a agir em conjunto e dentro de uma mesma metodologia nos APLs.

O Ipardes e a Secretaria do Planejamento fizeram um mapeamento dos possíveis APLs a serem apoiados pela rede e identificaram mais de 100 aglomerações de empresas de uma mesma atividade. Entre essas, forma selecionados inicialmente 25 possíveis APLs que serão visitados pelos técnicos da SEPL e do Ipardes nos próximos meses. Os contatos serão feitos com instituições locais de apoio aos empresários, universidades e com algumas empresas, para conhecer o processo produtivo.

Se após a visita preliminar for constatado que se trata realmente de um APL, começa a terceira etapa do programa, quando serão feitos levantamentos para identificar as necessidades do local e formular políticas de apoio às empresas e instituições da região, envolvendo empresários, trabalhadores, prefeitura e instituições de ensino, pesquisa e suporte empresarial. Tudo isso com a ajuda das instituições que integram a Rede APL Paraná.

Os técnicos da Secretaria do Planejamento e do Ipardes também visitaram os pólos de software de Curitiba e Região Metropolitana, bem como as empresas de madeira e de móveis de madeira da região de Rio Negro. Os pólos cerâmico de Campo Largo e de madeira, vestuário e de software da região de Guarapuava receberão as equipes na próxima semana.

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