Após três dias de investigações, engenheiros descartaram ontem que a pane ocorrida no domingo no centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1) tenha sido ocasionada por sabotagem. A falha, segundo eles, ocorreu no carregamento de um banco de dados. Uma mensagem de erro desconhecida teria provocado o travamento do sistema informatizado de gerenciamento de planos de vôo.

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Mas, antes mesmo de concluírem os trabalhos, peritos da Aeronáutica tiveram de se debruçar sobre outro problema no controle do espaço aéreo brasileiro. Ontem, nova falha técnica no Cindacta-2, em Curitiba, provocou atrasos em vôos na região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste do País. O problema estendeu-se por pelo menos duas horas, das 7h30 às 9h30 segundo informou a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Em nota, o Comando da Aeronáutica informou que o sistema de tratamento de planos de vôo – o mesmo que apresentou falhas no domingo, em Brasília – teve de ser reinicializado por volta das 10h40. ?Por conta desse procedimento, com o intuito de preservar a segurança, os vôos tiveram seu espaçamento aumentado de cinco para dez minutos, até que o sistema fosse restabelecido?, informou a nota. ?Esse fato, somado ao grande volume de tráfego aéreo e à operação de apenas uma pista em Congonhas, contribuiu para os atrasos.

Segundo a Infraero, entre 6 horas e meio-dia de ontem estavam previstos 64 pousos e decolagens para o Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba. Desse total, 8 tiveram atraso acima de uma hora, enquanto outros 24 atrasaram entre 15 minutos e uma hora. Três vôos tinham sido cancelados. No início da tarde, foram pelo menos mais 4 atrasos.

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