Técnicos da prefeitura terão curso para atuar em emergências ambientais

Começa no próximo dia 21 o primeiro curso de Emergências Ambientais do Brasil, resultado da parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Pontifícia Universidade Católica (PUC). Trinta funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente farão parte da primeira turma de alunos com pós-graduação no assunto. Com a capacitação, com carga horária de 390 horas, a cidade terá o primeiro serviço deste tipo voltado para desastres naturais, como enchentes e deslizamentos, e para acidentes tecnológicos, como os que envolvem produtos químicos.

Antes mesmo da conclusão do curso, prevista para o segundo semestre de 2006, o grupo, com o apoio dos professores da PUC (mestres e doutores), poderá começar a atuar nas emergências ambientais sempre que a Prefeitura precisar intervir. Além disso, a cidade terá um veículo equipado para fazer este tipo de atendimento. A expectativa é que a partir de abril o grupo de Emergências Ambientais já tenha condições de dar início aos atendimentos.

Os alunos terão condições de identificar, avaliar, gerenciar e comunicar os riscos ambientais, antecipar ações, planejar ações de controle, elaborar planos de contingência, montar equipes e tomar decisões. "Curitiba inova mais uma vez e terá um avanço do ponto de vista ambiental. A cidade sai na frente com a possibilidade de oferecer o curso aos seus funcionários", defende o diretor do Departamento de Pesquisa e Monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente, Glauco Requião.

De acordo com o decreto federal 5098/2004, que trata do Plano de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos, toda a sociedade brasileira deve estar envolvida na busca da prevenção da ocorrência deste tipo de acidentes.

A coordenadora do curso, Patrícia Raquel da Silva Sottoriva, explica que a formação de profissionais capazes de atuar nesta área já é uma necessidade no país. "Quando acontece qualquer emergência ambiental é preciso ter um plano de ação, é preciso saber atuar no pós-emergencial e o que vemos é que só depois que as coisas acontecem é que as pessoas percebem que não sabem o que devem fazer", afirma. Ela esclarece que é preciso saber avaliar as condições de acordo com a realidade de cada local, é ter indicadores ambientais e identificar as probabilidades do que pode acontecer.

Entre as disciplinas que serão abordadas durante o curso estão Acidentes Ambientais, Ações Pós-Emergenciais, Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos, Aspectos e Impactos Ambientais, Emergências Relacionadas ao Meio Físico, Equipamentos de Proteção para Emergências Ambientais, Gerenciamento de Informações nas Emergências Ambientais, Monitoramento Ambiental, Prevenção, Planejamento e Resposta a Acidentes Ambientais. Uma das novidades será a Ecotoxicologia Aplicada às Classes de Risco. A ecotoxicologia avalia toda a reação da substância, classificada conforme as nove classes de risco existentes, com o meio ambiente.

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