Técnico nigeriano não se importa com o que Maradona diz

Thomas Coex/AFP

O técnico da Nigéria, o sueco Lars Lagerback, que se concentra “unicamente no desempenho de sua equipe”, preferiu não responder às declarações do treinador argentino Diego Maradona, que qualificou seu time de “duro e agressivo”.

“Preparamos táticas para enfrentar os argentinos”, explicou nesta sexta-feira Langerback, na véspera do duelo pelo Grupo B da Copa entre as “Super Águias” e os Alvicelestes.

A respeito das declarações de Maradona e de seu pedido aos árbitros para que façam o “fair-play” ser respeitado, o técnico nórdico, de 61 anos, preferiu não dar importância.

“Não sei exatamente o que Maradona disse ou não disse. De fato, pouco importa. Eu me concentro no desempenho de minha equipe, não no técnico rival”, disse o ex-treinador da Suécia.

Quanto ao Maradona-treinador, Lagerback afirmou não conhecê-lo.

“Não conheço o Maradona como treinador, apenas como jogador. Nunca o vi dirigir (um time). O que sei é que ele utilizou muitos jogadores durante a campanha classificatória da Argentina. E vi que tenta fazer com que o time desenvolva um jogo muito ofensivo”, explicou.

“Com meus jogadores preparamos diferentes táticas para contra-atacar esse jogo ofensivo. Poderíamos nos beneficiar de muitos espaços livres. Mas é muito difícil prever com antecedência o desenrolar de uma partida. De qualquer forma, estamos preparados para tudo”, garantiu.

Também falou sobre a pressão que os jogadores sofrem como consequência das expectativas em seu país.

“A pressão é igual para todos os que disputam a Copa. Sempre há enormes esperanças em todos os participantes. Eu disse a meus jogadores que esta pressão tem que ser positiva. Neste esporte, participar de um Mundial é uma conquista, a realização de um sonho para muitos”, acrescentou.

“A pressão deve ser, portanto, positiva. Nós estamos preparados. Nossa preparação ocorreu bem. Não há lesionados. Não sinto nenhum estresse particular”, prosseguiu.

Lagerback é um técnico com muita experiência. Em 2000 ficou à frente da seleção sueca, classificando-a para as oitavas de final nas Copas de 2002 e 2006 e para as quartas da Eurocopa 2004.

Ao não conseguir classificar sua equipe nacional para a África do Sul, teve que deixar o cargo.

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