Cotado para suceder Carlos Alberto Parreira na seleção brasileira, o técnico Paulo Autuori afirmou hoje que ainda não recebeu nenhum convite da CBF para assumir o cargo. Em entrevista a rádio Jovem Pan, ele disse que ficou lisonjeado ao ter seu nome lembrado, mas prefere não falar a respeito de hipóteses e especulações.
"O Brasil tem treinadores com qualidade suficiente para trabalhar com a seleção brasileira e a CBF saberá escolher quem tem o melhor perfil. Eu só gosto de falar de coisas concretas, reais. Sobre hipótese não dá para falar", explicou o treinador, que se diz muito feliz com sua vida atual no Japão, onde treina o Kashima Antlers. "Se eu desviar meu foco eu vou estar enganando o pessoal que me paga para treinar e pensar no Kashima.
O treinador admite, no entanto, que seria difícil recusar uma proposta, mesmo depois de ter deixado passar convites do Corinthians e de algumas seleções de menor escalão. "Naquele momento minha posição era permanecer aqui, mas seleção brasileira é uma coisa completamente diferente", diz Autuori, que vê o fiasco na Copa do Mundo, com a eliminação nas quartas-de-final, diante da França, como um aviso de que o Brasil não é invencível no futebol.
"O que aconteceu foi bom para mostrar que nós somos mortais. Infelizmente o futebol às vezes induz as pessoas a ficarem fora da realidade, mas temos de fazer o nosso trabalho todos os dias" declarou Autuori.
Campeão da Libertadores e Mundial com o São Paulo no ano passado o técnico disse que ficou feliz com a classificação para as semifinais da competição, após a dupla vitória sobre o Estudiantes, 1 a 0 no tempo normal e 4 a 3 nos pênaltis, e disse que torce por uma final brasileira, entre São Paulo e Internacional.
![Grupos de WhatsApp da Tribuna](/resources/images/blocks/whatsapp-groups/logo-whatsapp.png)