O chefe de gabinete do ministro do TCU, Alden Mangueira de Oliveira, explica que ?cabe ao Ministério decidir o que será feito”. Oliveira acrescenta que a pasta “pode pedir a suspensão imediata do Programa ou recorrer da decisão do TCU?. Entre as irregularidades levantadas está a escolha da organização não-governamental Ágora como responsável pela execução do programa. O TCU afirma que houve ?preferência, não justificada tecnicamente, pela Associação para Projetos de Combate à Fome (Ágora) na implementação das ações públicas vinculadas ao Programa?.
Além disso, ?foi constatada antecipação de repasses por parte do Ministério do Trabalho para a Ágora?. Porém, ?o mesmo não se verificou em relação aos repasses efetuados pela Ágora para as demais instituições executoras, nem em relação aos pagamentos efetuados a fornecedores e prestadores de serviço?, diz o documento.
Outra irregularidade apontada pelo Tribunal é a ?atribuição de metas e alocação de recursos financeiros ao consórcio Gente Estrela em quantitativos significativamente superiores ao de todos os demais agentes?. O documento deverá ser publicado no Diário Oficial na quinta-feira da próxima semana. Após a publicação, os responsáveis serão notificados e terão 15 dias para se justificarem. O secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério do Trabalho, Remígio Todeschini, e o chefe de serviço e gestor financeiro substituto do departamento de Emprego e Salário da Agora/Ministério do Trabalho deverão apresentar as justificativas.
Os estudos do Tribunal tiveram início após solicitação do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) ao presidente do Senado, José Sarney, que encaminhou o pedido ao TCU.
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