O País tem, anualmente, um prejuízo de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão devido à falta de um trabalho de prevenção contra o desgaste das rodovias e a precariedade do serviço de pesagem dos caminhões que circulam nas estradas. A estimativa foi feita pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes.
Recentemente, o plenário do TCU determinou que a área técnica da agência monitore o processo de compra de novas balanças que está sendo conduzido pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT).
Em entrevista coletiva, Nardes disse que não só as rodovias, mas todos os demais modais de transportes, como as ferrovias, as hidrovias e os portos marítimos apresentam gargalos que, segundo ele, atrapalham o projeto do governo de acelerar o crescimento da economia. "Se o país crescer 5% (como pretende o governo), não há capacidade de escoamento da produção", disse Nardes. O ministro promoverá, na próxima semana, um seminário na sede do TCU para discutir a situação da infra-estrutura de transportes do País.
Segundo técnicos do TCU, nas décadas de 60 e 70, a área de transportes recebia cerca de 20% do total de despesas da União. Nos últimos 10 anos, porém, essa taxa caiu para algo entre 0,3% e 0,4%. Esses mesmos técnicos ressaltaram que o governo continua não aplicando na área de infra-estrutura todos os recursos arrecadados pela Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide), o chamado imposto da gasolina.