Taxa de desemprego é maior para negros, diz pesquisa

Os negros convivem com os maiores níveis de desemprego nas regiões metropolitanas do país. Em Salvador, por exemplo, em média, de cada cem negros na força de trabalho, 29 se encontravam desempregados nos primeiros seis meses de 2002, enquanto 19,9 dos não-negros estavam sem trabalho. Os dados fazem parte do estudo “Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho”, elaborado pelo Dieese, em convênio com o Seade e instituições governamentais de seis regiões do país, para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra, que será celebrado amanhã. Os levantamento foi divulgado no boletim especial “A Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho”.

A pesquisa revela que os patamares do desemprego são elevados para o conjunto de trabalhadores nas diferentes áreas investigadas pela PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego). No entanto, são grandes os diferenciais encontrados entre as taxas de desemprego de negros e não-negros em cada região.

Em 2002, as maiores diferenças foram encontradas em Salvador, Porto Alegre e São Paulo, onde as taxas de desemprego para os negros são superiores a dos não-negros em, respectivamente, 9,1 ,7,8 e 7,2 pontos percentuais.

As diferenças mostram-se mais acentuadas em relação à cor do que ao sexo dos trabalhadores. As taxas de desemprego verificadas para os homens não-negros, embora muito elevadas, são menores, em todas as regiões, quando comparadas às mulheres (negras e não-negras).

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