Taxa de desemprego chegou a 11,4 % em agosto, avalia o IBGE

Depois de registrar queda durante três meses consecutivos, a taxa de desemprego no país em agosto subiu para 11,4%, mas, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não teve variação estatisticamente significativa em relação a julho, quando a taxa foi de 11,2% – em agosto eram 2,5 milhões de desocupados, contra 2,4 milhões em julho. Em agosto de 2003 eram 2,8 milhões de pessoas em idade economicamente ativas desempregadas no país.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, a maior variação da taxa de desocupação foi em Salvador, passando de 14,9%, em julho, para 16,6%, em agosto. Nas demais regiões metropolitanas houve estabilidade: Recife passou de 13,4% para 13,5%; Belo Horizonte, de 10,7% para 10,2%; Rio de Janeiro, de 8,1% para 8,6%; São Paulo, de 12,5% para 12,6% e Porto Alegre, de 8,9% para 8,5%.

As mulheres continuaram a representar a maior parcela dos desocupados: eram 53,1% em agosto de 2002 e 55,4% em agosto de 2003, subindo para 56,1% em agosto de 2004.

Ainda segundo a pesquisa, entre os desocupados 19,6% buscavam seu primeiro trabalho e 26,0% eram os responsáveis por sua família. Com relação ao tempo de procura 22,0% buscavam trabalho por um período superior a 30 dias; 40,7% por um período superior a 30 dias e inferior a seis meses; 11,9% por um período de 7 a 11 meses e 25,4% por pelo menos 1 ano.

A população com menos de 24 anos de idade representava 46,9% dos desocupados, entre os quais mais de 90% tinham entre 16 e 24 anos. Já os que tinham pelo menos o ensino médio em agosto de 2002 eram 36,7% dos desocupados, contra 39,9% em agosto de 2003 e 42,8% em agosto de 2004.

De acordo com a pesquisa, o número de pessoas ocupadas em agosto (19,2 milhões) manteve-se estatisticamente estável em relação ao de julho (19,1 milhões), enquanto o nível da ocupação (proporção de ocupados em relação à população em idade ativa) cresceu 1,0 ponto percentual no total das seis regiões. Segundo o IBGE, trata-se de “um cenário favorável no mercado de trabalho em relação a agosto de 2003”.

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