O ministro da Educação, Tarso Genro, negou hoje que exista crise de sua Pasta
com o Ministério da Fazenda. Após participar da abertura de seminário sobre
avaliação do ensino superior, Tarso Genro disse que achou estranho a imprensa
ter atribuído a ele crítica ao "conservadorismo" da equipe econômica do governo
em relação à reforma universitária.
"Há uma versão mítica de uma relação
sempre conflitiva da Fazenda com a Educação", comentou o ministro. "O que há é o
regime de colaboração permanente, dialogado, no qual o ministro Palocci tem se
demonstrado não apenas um companheiro de trabalho para resolver os problemas
como também um ministro competente", afirmou Genro.
Em nota sobre a
proposta do MEC de trocar parte da dívida dos estados por investimentos em
ensino superior, o ministro da Educação defendeu que não existe comprovação de
que qualquer investimento em educação prejudique a macroeconomia do país, como
aponta a área econômica.
"O ministro da Educação, Tarso Genro, registra
que não há nenhuma comprovação empírica, nenhum precedente histórico e nenhum
suporte teórico, acadêmico ou não, que aponte que investimentos em educação, de
qualquer natureza, sejam prejudiciais à saúde macroeconômica do país", diz a
nota.
Apesar da divergência de opiniões, o ministro explicou que os
impasses são resolvidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não há essa
concorrência, não há conflito e é um regime de colaboração e companheirismo.
Sempre que houver uma indefinição o presidente decide e nós dois estamos
subordinados ao presidente", afirmou.
Tarso Genro disse também que
sempre contou com o apoio de Palocci para os novos projetos educacionais, como o
Programa Universidade para Todos (ProUni) e o aumento de recursos para a
educação básica pretendido com o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb). Segundo ele, essa relação vai se manter no processo de discussão da
reforma do ensino superior.
