O ministro da Educação, Tarso Genro, defendeu a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Para ele, o evento tenta compatibilizar os interesses do capital financeiro com a relação que os participantes idealizam como democrática.
"Acho muito bom a existência do fórum de Davos. Conhecê-lo ajuda a afirmar o que se passa aqui dentro do Fórum Social Mundial. Todo chefe de Estado sério deve participar de Davos para apresentar sua posição."
Cerca de 100 investidores europeus, americanos e asiáticos participam em Davos, na Suíça, no próximo dia 29, de um encontro organizado pelo governo brasileiro. O objetivo é mostrar aos empresários europeus, americanos e asiáticos um Brasil que está pronto para receber investimentos, como já foi feito em Genebra e em Nova Iorque, no ano passado.
Será o terceiro seminário "Brasil e Parceiros: Oportunidades de Investimento" no exterior, um evento voltado para atração de investimentos externos. O seminário será realizado paralelamente ao Fórum Econômico Mundial. O presidente Lula chega a Davos nesta sexta-feira (28), dois dias depois da abertura do evento.
Tarso Genro lembrou que o FSM não tem como objetivo formalizar resoluções concretas, mas promover um intercâmbio de experiências e produzir ações que se espalham pelo mundo inteiro. "Nunca tive a utopia nem a visão de que o fórum ia se transformar numa nova Internacional Socialista ou criar projetos alternativos para a sociedade. É a barreira de uma globalização e a defesa de outra. A globalização da inclusão social e respeito aos direitos humanos", afirmou.