O ministro da Educação, Tarso Genro, defendeu hoje a permanência do PTB, partido do deputado Roberto Jefferson (RJ), como aliado do governo e, ainda, a ampliação das alianças, visando à reeleição do presidente Lula em 2006. Jefferson foi acusado de envolvimento em esquema de fraude nos Correios e denunciou a existência de um suposto pagamento de mesada pelo PT a deputados do PL e do PP.
Segundo o ministro, partido não deve pagar por uma pessoa. Ele disse que "nunca se combateu tão duramente a corrupção, e nunca se prendeu tanta gente neste país, como agora".
Tarso Genro também discordou das declarações do ministro das Cidades, Olívio Dutra, sobre "as más companhias". "Respeito a opinião do Olívio, mas entendo de maneira diferente. Na minha opinião, nenhum partido tem o monopólio da virtude e da honestidade. Condutas irregulares, em qualquer partido, devem ser investigadas e punidas", afirmou Genro.
Sobre as supostas mesadas pagas a parlamentares, o chamado mensalão, o ministro ressaltou que "as provas devem ser mostradas e, se forem confirmadas, os responsáveis pela corrupção, punidos". O ministro reiterou que, "se o deputado (Jefferson) tem as provas, já deveria tê-las mostrado, porque ele só acusou seus colegas. Agora, vai ter que provar".
O ministro da Educação assinou, na manhã de hoje, em Porto Alegre, protocolo de intenções entre o MEC, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e a Fundação de Artes Visuais do Mercosul, que vai proporcionar cursos de capacitação de professores.