Brasília – O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, defendeu o apoio do PMDB à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o governo precisa dizer logo que deseja essa parceria, considerada essencial para qualquer governo devido à importância estratégica do partido no Congresso e nos Estados.
"Temos que respeitar o direito do PMDB de ter candidato próprio, pois é um partido nacional que tem muitos vínculos regionais. Mas nós temos que dizer logo que, se eventualmente o candidato do PMDB não for para o segundo turno ou não tiver candidato no primeiro turno, que o PMDB é um partido estrutural para governar o País seja quem for o vencedor", disse.
"O equilíbrio político nacional é composto por partidos que têm a responsabilidade e a experiência de gestão que tem o PMDB", completou. O ministro preferiu não antecipar como está sendo costurada a base de Lula para um eventual governo. E insistiu: "O PMDB deve jogar papel fundamental em qualquer governo, no próximo período, e tomara que seja no nosso". Sobre a reeleição de Lula, disse que o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini vai montar um grupo para coordenar a campanha, como também aposta na reconstrução do partido para enfrentar a disputa.
A presença de Lula no encontro nacional do PT nesta sexta-feira vem sendo interpretada como um gesto de recuperação política do partido que teve sua imagem arranhada com as denúncias de corrupção. "Será um encontro de reconstrução do partido, de refundação estratégia do partido", analisou Tasso.
Na avaliação do ministro, o presidente Lula já reúne condições favoráveis para a reeleição junto à sociedade apesar dos "erros e acertos que todo o governo tem". Ele citou como pontos positivos para Lula "a inflação baixa, taxa declinante dos juros retomada do crescimento e aumento das exportações, inserção internacional adequada e prestígio da política global que o Brasil vem adquirindo".
Para Tarso Genro, o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin "é respeitável" mas revelou que preferia uma disputa entre Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. " A única coisa que lamento é que não seja o Fernando Henrique por que expressa mais nitidamente a oposição contra Lula".