Quase 300 mil famílias já estão cadastradas na Tarifa Social da Sanepar. Lançada em janeiro deste ano, em apenas oito meses o número de cadastros superou o total de famílias que recebiam o benefício no final do primeiro mandato de Roberto Requião, quando foi lançada sua primeira versão. Em 1994, quando Requião deixou o governo, 280 mil famílias recebiam o benefício.
No governo Lerner, os critérios foram significativamente restringidos e, ao final de 2002, menos de 30 mil famílias estavam cadastradas. Para que a Sanepar voltasse a exercer seu caráter social, o governo do Estado ampliou os critérios de cadastramento baseado no estudo Famílias Pobres no Estado do Paraná, realizado pelo Ipardes em 2003. Por meio deste levantamento, estima-se que 360 mil famílias de baixa renda poderão ser beneficiadas nos 342 municípios em que a empresa opera.
Teresinha Maria de Godoi, moradora do bairro Sítio Cercado em Curitiba, acredita que o número de cadastros cresceu tão rapidamente, porque só neste ano a população tomou conhecimento da existência do benefício. “Eu só fiquei sabendo que já existia uma tarifa dessas quando fui divulgar o lançamento da Tarifa Social aqui no bairro”, afirma.
O lançamento do programa no Sítio Cercado foi feito em abril, e mais de 1.200 pessoas compareceram ao evento. “Só pelo número de pessoas que reunimos aqui, dá pra ver que, agora sim, temos um governo que se preocupa com os pobres. Para ser sincera, não consigo lembrar de nenhum programa social do governo anterior. Acho que eles não faziam questão de divulgar muito essas coisas. Com a volta do Requião, voltou também o respeito pelo ser humano e a preocupação de garantir melhor qualidade de vida a todos”, diz Teresinha.
