Após um ataque suicida à principal base militar americana no Afeganistão, o vice-presidente americano, Dick Cheney, que fazia uma visita ao local no momento do atentado, contou hoje a repórteres que ouviu "um grande estrondo" e que o Serviço Secreto o informou sobre o ocorrido. Oficiais o levaram para um abrigo antibomba na base em Bagram. "Quando a situação se definiu e eles tiveram melhor noção do que estava acontecendo, voltei para o meu quarto", relatou.
Questionado se a milícia fundamentalista islâmica Taleban – que assumiu a autoria do ataque e afirmou que o alvo era Cheney – estava tentando enviar uma mensagem com o ataque, Cheney disse que os combatentes "claramente tentam encontrar formas de questionar a autoridade do governo central". Cerca de duas horas depois, o vice-presidente americano seguiu para Cabul, onde se reuniu com o presidente Karzai antes de deixar o país. Os dois líderes discutiram a violência no país e uma temida ofensiva da milícia Taleban na primavera.
Segundo a assessoria de imprensa do presidente afegão, Hamid Karzai, 23 pessoas morreram e 20 ficaram feridas no atentado provocado por um homem-bomba no primeiro dos três portões de segurança da base aérea de Bagram, 50 quilômetros ao norte de Cabul, a capital afegã. Dos mortos, 20 eram afegãos que trabalhavam na base. O imenso complexo abriga 5.100 soldados dos EUA e 4.000 de outros países e de firmas de segurança privadas.