Ainda há uma grande diferença de como os meios digitais são usados pelas escolas e até mesmo depende se o estabelecimento é particular ou público. Mas existem iniciativas nos dois mundos que buscam aproveitar estas ferramentas.
No Colégio Dom Bosco, em Curitiba, os alunos das 6ª e 7ª séries do Ensino Fundamental e dos primeiros anos do Ensino Médio possuem os próprios equipamentos para as atividades dentro da escola. As crianças utilizam os netbooks, enquanto os adolescentes usam os tablets. Inclusive os alunos do Ensino Médio podem levar os aparelhos para casa. “A escola não pode ficar à margem. Mas as tecnologias não substituem os professores”, comenta Célia Bitencourt, diretora da sede Batel do Colégio Dom Bosco.
O projeto Dom Digital, implantado em 2010, também disponibiliza as aulas que já foram dadas para consultas dos estudantes, permite a entrega de projetos e tem um repertório de banco de dados. “A tecnologia tem seus prós e contras. Os alunos de 5ª a 8ª série se deslumbram mais facilmente com alguns aparatos, como as redes sociais. Por isto é necessário trabalhar a questão dos valores”, esclarece Célia.
Os tablets também estão presentes no Colégio Positivo, em Curitiba. Os alunos do Ensino Médio usam os aparelhos para verificar na prática o que foi passado nas aulas teóricas. Um exemplo disto é a disciplina de Física. Com um simulador no tablet, os alunos colocam as variáveis que vão fazer uma montanha-russa funcionar com eficiência no ambiente virtual. Ou ainda o quanto será necessário de força para carregar tijolos até o último andar de um prédio em construção. “Mas também não pode ficar somente na brincadeira. Queremos saber o porquê. As imagens no livro são estáticas e a Física é movimento. Com isto, eles entendem como funciona, sabem como aplicar e aprendem”, explica o professor Celso Hartmann, diretor do Colégio Positivo da Ângelo Sampaio. A escola também utiliza as lousas interativas.
