Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, réus confessos do assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia, serão acareados hoje, segundo dia do julgamento dos réus. O confronto entre os acusados, que deram declarações contraditórias nos seus depoimentos de ontem, ocorrerá depois do interrogatório das testemunhas.
O promotor Roberto Tardelli encontrou cerca de 15 contradições no depoimento dos três réus. Ele apontou que mudar a tese no dia do júri, como fez Christian Cravinhos ontem, ao negar que tenha golpeado Marísia von Richthofen, é "temerário". Há a previsão da leitura das peças do processo ainda hoje, se houver tempo.
O promotor Nadir Campos Junior queria o depoimento das testemunhas antes da leitura das peças do processo – para ele, as testemunhas estavam muito cansadas e a inversão da ordem dos procedimentos seria melhor. O promotor não soube dizer ao certo quantas testemunhas irão falar no plenário, já que algumas já foram dispensadas e outras também poderão ser.
O promotor também disse que, apesar de Daniel ter tentado inocentar o irmão, não há nenhuma dúvida que Christian participou do crime. "Não há nenhuma dúvida sobre quem participou do crime. A dúvida é só de quem teve a idéia. Essa dúvida deverá ser sanada com a acareação entre eles" – falou.
Campos declarou que o fato de Suzane não ter respondido a nenhuma pergunta da promotoria e dos irmãos Cravinhos é uma estratégia da defesa. "Essa é uma estratégia que a gente respeita, mas eu gostaria de saber, por exemplo, se tem algum dinheiro dela guardado no exterior, com código secreto, mas o advogado não permitiu que ela respondesse.