Suzane von Richthofen, 22 anos, deve deixar hoje o Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo, para aguardar em liberdade seu julgamento, marcado para a próxima segunda-feira. O alvará de soltura será assinado nesta manhã pelo juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. Ela foi beneficiada por decisão do ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última sexta-feira, mas teve de permanecer mais um fim de semana na prisão. O alvará de soltura foi retardo por causa da indefinição do domicílio em que ela permanecerá. Suzane ficará na residência de seu tutor, o advogado Denivaldo Barni, na zona sul da capital.
Ré confessa de participação, com o namorado e o cunhado – os irmãos Cravinhos – no assassinato dos pais, Manfred e Marisia von Richthofen, em outubro de 2002, Suzane pode ser condenada a 25 anos de prisão, conforme a expectativa do Ministério Público Estadual. Se isso ocorrer, após ter cumprido quatro anos em regime fechado poderá gozar do benefício de cumprir o restante em regime semi-aberto, graças à decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece aos condenados por crimes hediondos esse direito, após o cumprimento de um sexto da pena na prisão. Por estar por mais de dois anos presa, precisaria ficar apenas mais dois para ter direito ao benefício.