Suzane von Richthofen, ré confessa do assassinato dos pais, Manfred e Marísia, em 2002, na zona sul de São Paulo, depôs no Tribunal Criminal da Barra Funda e contrariou a versão apresentada por Daniel Cravinhos, seu ex-namorado, confirmando que perdeu a virgindade com o rapaz aos 15 anos. Suzane ainda disse que foi ele quem a ofereceu maconha pela primeira vez e contou que viveu bem com os pais.
Suzane, que chegou algemada ao fórum, estava aparentemente tranqüila. Antes do interrogatório, seu advogado, Mauro Nassif, num gesto bastante fraterno, deu-lhe um beijo na cabeça para tranqüilizá-la. No início de seu depoimento, ela disse que ia contar a história verdadeira e não a história que consta nos autos. Suzane afirmou ter nascido numa família normal, bem estruturada e de bem e que teve uma vida tranqüila e boa com os pais.
Ela disse que começou a fazer caratê quando era adolescente e que na mesma época, seu irmão, Andreas começou a fazer aulas de aeromodelismo e foi lá que ela conheceu Daniel, por meio de seu irmão. Suzane contou que acompanhava as aulas do irmão, ministradas por Daniel, aos finais de semana e que começou a namorar com o consentimento da mãe dela.
Ela comentou que no Natal de 1999, Daniel lhe ofereceu maconha e que aquela foi a primeira vez que ela experimentou droga na vida contrariando o depoimento de Daniel, que afirmou que ela já havia fumado maconha antes de conhecê-lo.
Suzane também disse que perdeu a virgindade com Daniel Cravinhos em janeiro de 2000, já Daniel afirmou que ela havia perdido a virgindade com um outro namorado, quando tinha 14 anos de idade. Um dos argumentos da defesa é de que perdendo a virgindade com Daniel, a ré teria mais paixão pelo namorado e por isso poderia ter mandado matar os pais, a mando de Daniel.