A Capitania dos Portos da Bahia suspendeu nesta segunda-feira (12) as buscas em alto-mar pelo bioquímico Ananias Bernardino da Silva, de 61 anos única das 132 pessoas (128 passageiros e 4 tripulantes) que não foi resgatada após o naufrágio de um catamarã no domingo, entre Morro de São Paulo e Salvador, a cerca de 12 quilômetros da entrada da Baía de Todos os Santos. De acordo com o comandante Miranda de Souza, capitão dos portos da Bahia, é improvável que Silva seja encontrado com vida depois de mais de 36 horas em alto-mar.
Com a decisão, as equipes de buscas – formadas por cerca de 70 pessoas e apoiadas por dois barcos da Marinha e um helicóptero da Polícia Militar – foram dispensadas e as comunidades de pescadores da região onde o acidente ocorreu foram alertadas para a possibilidade de o corpo do bioquímico aparecer.
O catamarã, de nome Baía de Todos os Santos e de propriedade da empresa Biotur, foi rebocado para um estaleiro em Valença, a 256 quilômetros de Salvador, onde passou por uma perícia. Foi constatada uma avaria no lado direito do barco – o primeiro a adernar. O proprietário da Biotur, Fabrício Brito, avalia que a batida da embarcação com uma pedra pode ter causado o acidente, mas prefere esperar o laudo da Capitania dos Portos. O resultado da vistoria será anexado aos laudos do inquérito aberto para investigar as causas do acidente.