A Polícia Civil de São Paulo prendeu no domingo à noite, num flat no bairro de Itaquera, zona leste da capital, uma libanesa de 38 anos que teria participado do atentado que resultou na morte do ex-primeiro ministro de Israel Itzhak Rabin, em Tel-Aviv, no dia 5 de novembro de 1995.
De acordo com a informação veiculada pelo canal GloboNews, a mulher presa, cuja identidade não foi revelada, usava passaporte da Irlanda do Norte, possivelmente falso. Ela é suspeita de ter aplicado golpes de US$ 4 milhões em bancos do Oriente Médio e também é procurada pela Interpol por envolvimento com tráfico de armas.
A suspeita principal é de a mulher detida, que não fala português, esteja envolvida com uma rede terrorista. Levada para a delegacia de Itaquera, ela será ouvida em depoimento nesta segunda-feira com a utilização de um intérprete.
Ainda não se sabe desde quando ela se encontra no País, nem se veio para o Brasil apenas como refúgio, ou se continua envolvida em conspirações. Para a polícia, isso poderá ser esclarecido após seu depoimento.
Extremista de direita, o judeu Yigal Amir, assassino de Itzhak Rabin, foi condenado à prisão perpétua e cumpre pena num presídio em Israel. Em seu julgamento, afirmou ter disparado contra o ex-premiê por ter este assinado o Tratado de Oslo, em 1993, em que israelenses e palestinos se reconheceram reciprocamente e se comprometeram a cessar a violência.
A polícia de São Paulo não informou que tipo de participação a mulher presa teria tido nesse crime, que aparentemente seria um ato isolado de Amir.
