Rio – A Superintendência de Seguros Privados (Susep), vinculada ao Ministério da Fazenda, estuda a criação de mecanismos que estimulem a oferta de seguros populares para carros usados, com mais de seis anos até 10 anos de uso. A idéia é estimular as companhias seguradoras para a montagem de produtos dentro da norma existente, visando o lançamento já em 2006, informou o superintendente da Susep, René Garcia.

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Segundo ele, a medida visa tentar fazer "uma apólice de seguro mais simplificada, com mecanismos de pagamento de sinistro ou caso de perda total por um valor que chega a 70% do valor do carro". Garcia explicou que "a idéia, com isso, é tentar baratear o custo e permitir que as pessoas com carros com prazo de vida maior possam ter seguros, já que praticamente 99% da população brasileira que têm automóvel com mais de seis anos não detêm seguro".

A expectativa da Susep é que as companhias sejam incentivadas a desenvolver produtos para esse ramo do seguro. René Garcia revelou que o Banco do Brasil tem um projeto nesse sentido em fase experimental. O público potencial é expressivo, avaliou Garcia, uma vez que existem cerca de 28 milhões de automóveis no Brasil que não possuem seguro porque o preço para os carros mais antigos costuma ser elevado perto do valor do automóvel.

Garcia disse que o propósito da Susep é "criar um mecanismo que possa dar um ressarcimento ao segurado, no caso de perda total". O preço do seguro deverá ter uma redução significativa, "alguma coisa como 8% ou 9% do valor do automóvel, quando comparado com o custo atual, que chega até 30% do valor do bem". Ele advertiu, porém, que o sucesso da iniciativa da Susep "vai depender do mercado".

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