Os supermercados estancaram no ano passado a perda de participação de mercado nas vendas de alimentos e artigos de higiene e limpeza para outros formatos de lojas de varejo, como farmácias, mercadinhos de bairros e comércio informal, entre outros. Mas não conseguiram atrair para dentro das lojas a maior parcela dos consumidores das classes de baixa renda.
Isso é o que revela uma pesquisa da LatinPanel, que consulta semanalmente 8.200 domicílios estratificados com base na população do País. No ano passado, a fatia dos supermercados no varejo de 80 categorias de produtos, entre bebidas, alimentos e artigos de higiene e limpeza, foi de 58% da receita, ante 57% em 2005. Entre 2001 e 2005, o recuo havia sido de oito pontos porcentuais na participação, de 65% para 57%.
De toda forma, essa fidelidade deixa a desejar quando se trata da baixa renda. A pesquisa indica que mais da metade (54%) da população das classes D e E compra esses produtos fora dos supermercado. Em contrapartida, mais de 70% dos gastos das classes A e B ocorrem nos supermercados.