Caiu pela metade a economia de recursos para o pagamento de juros feita por todo o setor público no primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Juntos, União, Estados, municípios e empresas estatais economizaram R$ 7,79 bilhões entre janeiro e fevereiro, contra R$ 15,41 bilhões em 2005. Essa economia, também chamada de superávit primário, foi divulgada hoje (28) pelo Banco Central. A meta do governo é fechar o ano com um superávit equivalente a 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Apesar da queda no saldo positivo do início de 2006, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, garantiu que a meta será alcançada. "A dinâmica das contas públicas deverá ser um pouco diferente da tradicional este ano, devendo caminhar mais perto da meta do ano, mas a expectativa é cumpri-la", afirmou. Um indicador disso, segundo Lopes, é o superávit primário em 12 meses encerrados em fevereiro, que está acumulado em R$ 85,88 bilhões. Isso equivale a 4,38% do PIB, um número muito próximo e ainda acima da meta anual.
No final do ano, houve maior empenho de gastos do governo para a administração da máquina (custeio) e algumas obras, além do aumento de gastos previdenciários. Por isso, em janeiro se gastou mais, e o mês se tornou o vilão do bimestre. Em fevereiro, porém, a situação melhorou. Houve um superávit primário de R$ 4,72 bilhões, 16% maior do que o resultado de R$ 4,04 bilhões positivos do mesmo mês de 2005. Lopes destacou que foi o melhor resultado registrado em fevereiro deste 2003.
