O governo federal, os Estados, municípios e as empresas destas três esferas de poder registraram em outubro um superávit primário em suas contas de R$ 8,2 bilhões. O resultado superou o teto das expectativas dos analistas consultados pelo AE-Projeções, cujo intervalo ia de R$ 4,5 bilhões a R$ 7,2 bilhões, com mediana de R$ 6,6 bilhões.
Com o resultado, o setor público consolidado elevou para R$ 77,971 bilhões o superávit primário acumulado no ano. Como proporção do Produto Interno Bruto, o superávit acumulado de janeiro a outubro pelo setor público está em 5,59%.
O saldo primário acumulado nestes 10 meses de 2004 já supera a meta fixada pelo governo brasileiro no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para todo o ano de 2004. A meta fixada no acordo é de R$ 71,5 bilhões. O valor acumulado no período janeiro-outubro também está acima da meta fiscal interna que foi elevada de 4,25% do PIB para 4,5%.
Quando o governo decidiu elevar a meta fiscal, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, informou que em termos nominais a nova meta deveria ficar em torno de R$ 75 bilhões. Nos últimos 12 meses terminados em outubro, o setor público gerou um superávit primário de R$ 80,109 bilhões, o equivalente a 4,81% do PIB