Brasília – O saldo em conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior, atingiu US$ 3,043 bilhões no mês de julho, e foi o superávit (saldo positivo) mais alto da série histórica, iniciada em 1947, de acordo com relatório sobre o Setor Externo, divulgado hoje (17) pelo Departamento de Política Econômica do Banco Central.

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O superávit cresceu 18,5% em relação ao saldo obtido em julho do ano passado, e soma US$ 6,13 bilhões no acumulado janeiro-julho. A conta corrente acumulada nos últimos 12 meses equivale a 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país. A relação é um pouco melhor que a equivalência de 1,41% do PIB, no mês anterior.

O relatório do Banco Central indica também que a conta capital e financeira fechou julho com saldo de US$ 378 milhões, e soma US$ 6 bilhões no ano. Essa evolução contribui para o superávit de US$ 3,91 bilhões no balanço de pagamentos de julho, que teve como destaque, mais uma vez, a balança comercial (exportações menos importações) com saldo de US$ 5,63 bilhões.

Julho também teve ingressos líquidos de US$ 1,58 bilhão em investimento estrangeiro direto no setor produtivo. Abaixo, portanto, dos US$ 2,03 bilhões registrados em igual mês do ano passado. No acumulado janeiro-julho eles somam US$ 8,97 bilhões, também abaixo dos  US$ 10,54 bilhões obtidos no mesmo período de 2005, mas o Banco Central mantém a previsão de US$ 16 bilhões para a entrada de investimento estrangeiro direto no ano.

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O Brasil gastou, no mês julho, US$ 983 milhões em serviços no exterior, 47,6% a mais do que os gastos de julho de 2005. As maiores  despesas foram com transportes (US$ 263 milhões), viagens (US$ 212 milhões), aluguel de equipamentos (US$ 404 milhões), informática (US$ 175 milhões) e gastos com royalties e licenças (US$ 129 milhões).