O documento Informe Conjuntural, divulgado, nesta terça-feira, pela CNI, estima que o setor público consolidado deve encerrar o ano com superávit primário por volta de 4,85% do PIB. No final do primeiro semestre, a estimativa da CNI era de um resultado de 4,5% este ano.
Segundo o documento, essa elevação na previsão de superávit se deve à evolução do resultado primário dos últimos meses, especialmente no que diz respeito aos gastos com custeio e capital do governo central e ao resultado das empresas estatais.
Segundo o Informe, a "tendência" é que o governo central encerre o ano com um superávit primário em torno de 3% (critério abaixo da linha). A CNI ainda espera que o superávit primário de Estados e municípios deve fechar em torno de 1,1% do PIB, e para as empresas estatais, deve haver um leve crescimento do superávit, passando de 0,64% do PIB em 2004 para 0,75% do PIB em 2005.
O Informe avalia ainda que, apesar do maior superávit primário esperado, o déficit nominal deverá fechar o ano em torno de 3,2% do PIB, como previsto no documento divulgado no final do primeiro semestre. "Isto porque, tendo em vista o início do afrouxamento da política monetária, o ritmo de redução da taxa de juros deverá ser mais lento do que o esperado até aquele momento. Mantém-se, assim, a expectativa de endividamento público de 50,5% do PIB em dezembro", avalia o documento.